A solidão é uma prisão de onde anseiamos escapar, mas nem sempre estamos em condições de empreender fuga. Podemos nos libertar das suas garras, porém ela sempre está à espreita - como um jacaré na lagoa, pronta a nos rebanhar. Suas armas são ardilosas, e às vezes, se esconde como sombra para os nossos olhos. Pode ter mil disfarces, mil rostos e mil nomes. Pode ser qualquer um a qualquer hora. Pode ser a melhor pessoa do mundo, a que tem o melhor sorriso e a melhor indicação. A solidão pode ser tudo o que nos acompanha, tudo o que nos faz feliz - até o momento que incomoda, que não vai embora. Aí vira prisão mesmo.