Açúcares demais fazem mal,
Bem como amores adocicados.
Esses excessos, sem excessões,
nos levam, expressos, à paixões
sem soluções. Sem passagem de volta,
nem crédito em banco algum do coração.
Matam lentamente - por corrosão.
Amores em pedaços adocicados
são como rastros de sangue pelos sapatos -
Vão sempre mostrar o mundo evidências banais
desenhadas com lápis que não deixam digitais.
São como letras gordas,
repletas de açúcares no sangue.
Entopem as veias do poema,
não nos deixam ver com exatidão.