
Não compreendo algumas ideias de amantes. Uns tão sinceros, amontoam-se por cima dos ombros para ver outras caras, outros contornos, e fantasiam. Outros, já se esqueceram do primeiro beijo e não se dão mais conta dos amanheceres e entardeceres que vão passando. Dessa forma, as carícias vão se tornando menos intensas e mais esparsas. O mundo então parece ressignificar, remodelado às velhas ambições de conquista. Assim, o dia dos namorados passa pelas vitrines do shopping. É vendido com desconto, em promoção. Adequado aos bolsos e às bolsas que passeiam alegres e esvoaçantes, enquanto que suas donas padecem de um mal súbito e comum à geração: o mal do amor. A cura? Quem se habilita?