
"Desde que conheci você que queria muito entender: o que você viu em mim? O que você espera de mim? O que será que eu vi em você? E o que eu posso esperar de você?"
De alguém perto ao mesmo tempo muito longe.
De alguém que não conheço ao certo.
De alguém que conheci a muito pouco tempo.
De alguém que que não disse o nome,
seja por medo, precaução ou codinome.
De alguém que cobra as respostas rápidas, certas e difíceis.
Porque a vida é difícil.
E as pessoas insistem em torná-la difícil.
Porque a recuperação de um instante às vezes nos custa mil dias.
Porque a compreensão de um momento nos torna incompreensíveis.
Porque a decisão entre dois lados torna a a caminhada mais árdua e longa.
Porque eu quero o absoluto junto ao absurdo.
E esses dois são difíceis de se encontrar junto.
Porque os dias voam agora.
E nem sempre se pode acreditar em tudo.
Porque se o pé atrás demonstra a mochila pesada com as memórias que nos entristecem,
o pé à frente demonstra a confiança que se pode ter em alguém que chegou de repente e
se alojou de repente em algum lugar de nós mesmos que talvez não conhecíamos -
seja pela ignorância em saber que esse lugar existia em nós, seja pelo medo em reconhecer que esse lugar de fato sempre existiu dentro de nosso peito.
Eu espero que você me aceite.
Eu espero que você me aceite do jeito que eu sou.
Eu espero que você me aceite como estou para você.
Porque pra mim você pode ser mais que eu espero.
Porque tudo pode depender de você de repente.
E depender não se confunde com defender.
Depender lembra mais se entregar.
Porque a entrega liberta.
Só assim se é livre.
E só quem é livre pode escolher.
Essa é a vantagem da liberdade.
Essa é a vantagem que nos aproxima.